Fotos: Emmanuel Nicodemos
Ordem: Squamata
Família: Teiidae
Nome popular: Bico-doce
Nome em inglês: Jungle runner
Nome científico: Ameiva ameiva
Distribuição geográfica: Do Panamá até o sul do Brasil e norte da Argentina
Habitat: matas e cerrados, sendo comum em áreas alteradas pela ação do homem
Hábitos alimentares: Onívoro, se alimentando desde insetos até vegetais
Reprodução: 2 a 6 ovos por postura, que eclodem entre 60 e 90 dias de incubação
Período de vida: de 5 a 10 anos.
O Bico-doce (Ameiva ameiva), trata-se de um lagarto de médio porte que pode alcançar 55 centímetros de comprimento total. Espécie ainda comum pode ser encontrada no Panamá e em quase toda a América do Sul. Adapta-se bem em qualquer local com vegetação aberta, inclusive em clareiras de mata.
Em alguns lugares este esperto lagarto recebe o nome de calango-verde ou jacarepinima. Rápido em seus movimentos procura manter-se escondido junto à folhagem, camuflando-se bem graças ao colorido de sua pele. Possui hábitos diurnos e terrícolas, ou seja, prefere ficar no chão, evitando subir em árvores e arbustos. Passa a maior parte do dia aquecendo-se ao sol, pois depende disso para elevar a sua temperatura corpórea que, facilmente, pode chegar a 35°C.
Na procura de alimento ele sai mechendo com o bico entre a serraplilheira, pode ser por esse constume que veio o nome bico-doce. Esta espécie é onívoro generalista, ou seja, come de tudo, desde formigas até aracnídeos, ovos e até alguns tipos de vegetais.
O bico-doce tem um hábito curiosos de limpar a boca raspando-a contra alguma superfíce dura. Entre os seus principais predadores estão várias serpentes, o lagarto teiú e certos gaviões.
No acasalamento, o macho persegue a fêmea e quando a alcança, posiciona-se sobre ela, mordendo a sua região nucal. Algumas semanas após o acasalamento, a fêmea deposita entre 2 e 6 ovos no meio do folhiço. Se tudo correr bem, os filhotes nascerão após cerca de dois a três meses de incubação.
Muito interessante que encontrei este Bico-doce em minha casa, escondendo-se de um gavião-carcará que queria predá-lo, chegou até a fazer pequenas feridas na barriga e pescoço. Mas mesmo assim não perdeu sua agilidade, para conseguir capturá-lo tive de correr a casa enteira até consegui encurralar ele, e peguei com o auxílio de um cambão. Fotografei e depois soltei o animal em um lote vago próximo à minha casa.
Foi um presente para mim este encontro, pois quando estou em contato com este bicho pareço estar em outro plano, em outro espaço. Tenho que admitir que sem a ajuda da minha namorada Elisangela, seria complicado pegar ele pois é muito ágil mesmo, e fiquei impressionado com a força deste pequeno animal. Interessante esta força pois sem ela ele não conseguiria se livrar do Carcará. Isso que eu chamo de seleção natural!
Fotos: Elizangela Ferraz Pazinato