sábado, 23 de abril de 2011

O que são os anfisbênios?

Por Emmanuel Nicodemos;




Muitos já devem ter ouvido falar das “cobras de duas cabeças” ou das “cobras-cegas”, na verdade este animal não aberração da natureza como muitos pensam. Além de não ter duas cabeças este animal não é considerado uma serpente, na verdade é um anfisbênio. Olhando com atenção é possível visualizar a diferença entre a cabeça e a cauda.
Os anfisbênios possuem hábitos fossoriais, ou seja, subterrâneos. Eles fazem um importante papel ecológico, pois, eles constroem galerias subterrâneas com o próprio corpo e fazem com o que o oxigênio tenha uma melhor distribuição no solo. Esse processo é chamado de areação, deixa a terra mais fértil, ou seja, produz melhores condições para o desenvolvimento das plantas.
Os anfisbênios não atacam as pessoas e não possui veneno, e também não gostam de ser incomodados, eles possuem um conjunto de dentes especializados para rasgar os alimentos e podem ser usados para se defender, causando uma mordida dolorida. São carnívoros e alimentam-se de pequenos insetos que penetram em seus túneis, e também com menos freqüência caçam na superfície.
O anfisbênio é um réptil ovíparo (que põe ovos), é um parente das serpentes e dos lagartos, mas não é um lagarto nem uma serpente, eles possuem um grupo só seu de repteis fossoriais. Ou seja, são escavadores e adaptados a viverem debaixo da terra. Possui um crânio muito duro e extremamente resistente para forçar a terra abrindo galerias subterrâneas.
Curiosidade
O nome anfisbênio tem ligação com a mitologia grega, que podem ser pronunciados Anfisbena (Plural: Anfisbenas), Anfisbênia, Anfibena, Anfisbênio, Amphisboena, Amphisbaena, Anfista, Anfivena, que significa "que vai em duas direções", do (amphis), que significa "ambos os caminhos", e (bainein), que significa "ir", também chamado a Mãe das Formigas, é uma serpente mitológica, que se alimenta de formigas e com uma cabeça em cada ponta. Segundo a mitologia grega, a Anfisbena nasceu do sangue que gotejou da cabeça de Górgona Medusa quando Perseu voou por cima do Deserto da Líbia, com ela em suas mãos. Foi então que o exército de Cato encontrou-a junto com outras serpentes em sua marcha. A Anfisbena alimentou-se dos cadáveres deixados para trás. Ela já foi citada por vários poetas e historiadores.
A anfisbena da mitologia grega é descrita como uma cobra venenosa, de duas-cabeças. Nos desenhos medievais as anfisbenas são mostradas com dois ou mais pés escamosos, parecidos com pés de frango e asas emplumadas, que chegam a lembrar “dragões”. Em alguns densenhos apresentam chifres que se assemelham ainda mais com os dragões, com rabo de cabeça-de-serpente e orelhas pequenas e arredondadas, enquanto outras têm os dois “pescoços” do mesmo tamanho. Em alguns relatos dizem que as anfisbenas incandescem os olhos como luz de velas ou como relâmpago.
Mas fora da Mitologia os anfisbênios, são simpáticos répteis fossoriais que fazem um ótimo trabalho biológico no solo e são inofensivos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sobre o Autor








Meu nome é Emmanuel Nicodemos Oliveira Santana, sou acadêmico do curso de Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Filho de Francisco Pereira Santana e Solange Rodrigues de Oliveira, meu pai advogado e minha mãe dona de casa. Nasci em dezembro de 1985 na cidade de Unaí – Minas Gerais.
Desde criança sempre me interessei por ciência e o que mais me chamava  atenção eram as vidrarias de laboratório e os répteis, principalmente as serpentes. Meu interesse era tamanho que certa vez passeando com meus pais em um shopping em Brasília, vi um brinquedo que era um mini laboratório, vinha com tubos de ensaio e alguns componentes químicos para a realização de experiências que vinham explicadas em cartas, parecidas com as cartas de baralho, e cada uma delas vinha com uma experiência diferente. Eu também tinha uma mania que não agradava muito nem a minha mãe, muito menos as mães de meus amigos, que era abrir todos os bichinhos que eu encontrava morto, passarinhos, sapos, calangos e certa vez até uma pequena jararaca atropelada. Inclusive alguns desses bichos já se encontravam em estado de putrefação, o engraçado é que o cheiro nem incomodava.
Na escola, cursando a 5ª série, minha professora de literatura pediu para que eu fizesse a leitura de um livro que acabou influenciando muito na minha história, este livro chamava-se “Segura o Grito” da famosa série vagalume; nele contava a história de uma turma de crianças que guiadas pelo seu professor de ciências se aventuraram em uma caverna no Parque Estadual do Alto Ribeira (PETAR), no estado de São Paulo. Diante disso o colégio em que eu estudava promoveu uma visita da nossa turma até uma caverna na nossa região. A partir daí, não parei mais com as cavernas, e no futuro acabei entrando para a espeleologia, que é o estudo das cavernas. Atualmente sou membro de um grupo de estudos de cavernas denominado “GEPEL - Grupo Espeleológico Pé na Lama”.
Não esquecendo minha paixão pelos répteis, ao entrar para o curso de Biologia escrevi um projeto de levantamento de fauna de serpentes, assim passei a aprofundar mais meus estudos em uma área da Zoologia chamada Herpetologia que é o estudo dos Anfíbios e Répteis, assim passei a conhecer grandes nomes da herpetologia brasileira, e essas pessoas vem me prestado grande ajuda, como o Dr. Paulo Sérgio Bernardes, o Msc. Henrique Caldeira Costa e a Dra. Paula Hanna Valdujo que tive o prazer de conhecê-la pessoalmente.
Sou fascinado por outras ciências como arqueologia e paleontologia, sendo assim com este blog, tenho o interesse de divulgar trabalhos em diversas áreas da ciência, publicar artigos e aprender cada vez mais com o que escrevo, bem como relações interpessoais.