Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Dipsadidae
Género: Philodryas
Espécie: Olfersii
A cobra-verde (Philodryas olfersii) é uma espécie sul-amerciana de serpente da família Dipsadidae (antes colubrídae). Tais répteis medem cerca de 1 m de comprimento, possuindo o corpo verde, de ventre mais claro que o dorso. Esta serpente possui dentição opstóglifa (dentes inoculadores de veneno na região posterior dos maxilares superiores). Se anlimenta de anfíbios, répteis, aves e pequenos mamíferos. Põe de 4 a 10 ovos (Vanzoline et al, 1980). A época preferencial de reprodução vai de setembro a novembro. Essa espécia é subarborícola, mas quando no solo age com muita rapidez, nas arvores ela consegue atingir partes altas com muita facilidade, também nadam muito bem. Segundo Vanzoline, 1980, ocorre em todo Brasil.
Essas serpentes possuem uma toxina, não tao letal quanto a dos viperídeos, mas mesmo assim pode causar algum transtorno se ela inocular a toxina.
Nesta foto, a Philodryas olfersii conseguiu morder o meu dedo, em poucos segundos de descuido, porém aguardei as reações, a primeira reação foi um edema ( inchaço local), um pouco de dor, depois o inchaço continuou por uns 2 dias, e no local ficou com uma cor escura, mas nada grave. Segundo algumas literaturas, esses acidentes em crianças causam reações graves. Quem não tem experiência e preparo não deve manipular esse animal. Este animal não ataca, pelo contrário, ele foge de meno assim que percebe a nossa presença, a maioria dos acidentes acontece quando eles estão sendo manuseado, como foi o meu caso.
Antigamente essas serpentes não eram consideradas perigosas, mas por volta do ano de 1999, o Ministério da Saúde colocou essa espécie como serpente de importância médica, devido a um óbito confirmado em 1992 de uma criança no Rio Grande Sul, devido a uma picada de P. Olferssi.
Destaco que, estas serpentes, tem grande importância como controladoras da população de roedores. E nenhum animal dever ser morto porque é peçonhento ou não, pois, esses são mecanismos de defesa, e todo animal tem importância no ecossistema e sua extinção pode causar grande desequilíbrio ambiental.
Os acidentes ofídicos constituem um dos maiores problemas de saúde pública na América Latina e as serpentes peçonhentas são consideradas os principais agentes etiológicos destes. Por isso temos grande necessidade de novos levantamentos faunísticos para averiguação de novas espécies e suas modificações evolutivas, assim podemos manter um controle maior sobre a relação delas com nós humanos.
Um resultado interessante foi que pesquisas recentes têm demonstrado que cerca de 20 a 40% dos acidentes ofídicos no Brasil são causados por serpentes colubrídeas. Pois na maioria das vezes as serpentes mais temidas são as viperídeas, mais um motivo para se tormar cuidado e ao mesmo tempo preservar essas espécies, pois, da mesma forma que surigiu fármacos importantes como o captopril do veneno da jararaca, podemos também encontras propriedades importantes nas toxinas destes Dipsadidae.
Fotos: Edson Júnior
Sobre as atividades biológicas dos venenos de Philodryas olfersii
Há relatos de diversos acidentes ocasionados por estas serpentes, a principal característica desses acidentes é ação local que leva a dor, edema e hemorragia. A uma semelhança desse acidente com um causado por serpentes do gênero Bothrops (Wagler, 1824) muitas vezes os pacientes são tratado com o soro antibotrópico.
Segundo um estudo realizado por Marisa M.T. da Rocha e Maria de F. D. Furtado, do Laboratório de Herpetologia do Instituto Butantan, o quadro de dor causado pelo envenenamento experimental, em camundongos, mostrou que os venenos de P. olfersii e P. patagoniensis causaram intensa reatividade e o veneno de P. patagoniensis foi mais ativo.
Os envenenamentos causados por espécies de Philodryas caracterizam-se por manifestações locais como dor, edema, eritema, equimose e linfodenopatia regional, com coagulação normal (RIBEIRO et al. 1999). Poucos estudos foram realizados nesta área.
Referências Bibliograficas:
ROCHA, Marisa M. T. da & FURTADO, Maria de F. D. 2007. Análise das atividades biológicas dos venenos de Philodryas olfersii (Lichtenstein) e P. patagoniensis (Girard) (Serpentes, Colubridae). Rev. Bras. Zool. vol.24 no.2 Curitiba June 2007.
Fotos: Edson Júnior
Olá, sou médico e apixonado por cobras. Hoje ao capturar uma cobra destas que iam matar fui mordido na mão. Consegui pegar a danada, muito linda, e a soltei na mata. Bom, já tomei um antialérgico (Fexofenadina 180mg - 1x ao dia),um analgésico (Alivium600mg 1cp 2x ao dia), e um corticóide IM (BetaTrinta dose única). O local tá um pouco inchado, meio anestesiado mas dolorido. Se vc for mordido por uma destas tome estes medicamentos. Caso não haja melhoras em 2 dias ou estiver piorando passe pessoalmente por avaliação de um colega médico. Espero ter ajudado. Abraços.
ResponderExcluirAmigo muito obrigado pela informação. Sou estudante de biologia e pretendo me especializar em herpetologia. E minha noiva está se especializando em farmácia. Essa informação é absurdamente útil para nós dois. E como a cobras opistóglifas não são de interesse médico, essas informações ajudam muito na hora de tratar uma pessoa mordida que possa desenvolver uma reação alérgica ao veneno. Pois sei que por experiência própria que o veneno dessas cobras não oferecem risco de morte para adultos saudáveis.
ExcluirTem uma cobra dessas no meu carro não sei pq fazer
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOla, meu nome é Acacio, moro em Salvador - Ba - comprei uma casa em sete de abril e aqui tem muitas dessas serpentes, ontem pela manhã vi uma, com o tamanho de 30 cm que pulou do mato e saiu correndo, o que devo fazer para expulsar esse tipo de compania de meu quintal ?
ResponderExcluirCompre Galinhas ou Gansos.
ExcluirOla boa tarde! Acabei de ver duas dessas serpentes em meu quintal entrelaçadas debaixo de uma bananeira, quando me viu se separaram, mas não a matei e não gosto quem faz isso. Abraço Lucimar Rodrigues.
ResponderExcluirAcabei de achar uma dessas na minha garagem. Acabaram de cortar o mato em frente a minha casa. deve ser por isso que ela veio parar na minha garagem, o meu sogro queria matar mais eu a peguei e soltei ela no mato novamente. Ela ficou bem quietinha na árvore quase não dava pra ver.
ResponderExcluirolá, acabei de achar uma dessas aqui no quintal de casa,ela é muuuito linda !.
ResponderExcluirCapturamos ela com sucesso e sem machuca-la , vamos leva-la ao departamento responsável da unesp de Botucatu, para que possam estuda-la e devolve-la para seu habitat natural .Abraços.
oi bom dia, no dia 17/12/2014 logo pela manha encontrei uma linda se alimentando porem estava na frente da casa de meu amigo onde tinham crianças e adultos querendo matar, eles diziam que ela era agressiva e venenosa, mas mesmo assim eles nao tinham o direito de mata-la, consegui captura-la e soltei na mata acredito que pelo fato de eu estar manuseando ela ficou um pouco agressiva realmente e deu bote mas nao chegou a me picar, por fim ela encontrou o habitat natural dela novamente, esta bem e nao picou ninguem
ResponderExcluirProfessor Emmanuel, muito bom o seu trabalho e informação. Será muito útil aqui em casa, pois moro numa chácara e já encontrei várias até no meu pergolado, as quais sempre conduzi para local distante da casa. Parabéns. Paulo Roberto
ResponderExcluirGostaria de sugerir que fosse incluída a distribuição geográfica deste gênero no Brasil. Obrigado.
ResponderExcluirmuito bom realmente. Mais acho que ainda há muitos mistérios por trás desse animal encantador.
ResponderExcluirGostaria de fazer uma sugestão. vocês poderiam falar sobre a procriação desse animal e de onde surgiu. Grata pela a atenção.
ResponderExcluirGostaria de fazer uma sugestão. vocês poderiam falar sobre a procriação desse animal e de onde surgiu. Grata pela a atenção.
ResponderExcluirmuito bom realmente. Mais acho que ainda há muitos mistérios por trás desse animal encantador.
ResponderExcluirEncontrei uma dessas sábado (12/12/15) no meu sitio em Delfim Moreira - MG. Aqui no Sul de minas essa serpente é muito comum, porém eu achava que ela não possuía toxina, terei mais cuidado na próxima vez, ainda assim, prefiro topar com 100 dessas do que com os urutus que tem por aqui. O espécime que encontrei tinha cerca de 1 metro e não era nada agressiva. é um belo animal. Parabéns Emmanuel, muito bom o seu trabalho.
ResponderExcluirEncontrei uma hoje na minha lavanderia, moro cercada pela mata atlantica, infelizmente acabei matando por medo, mas agora que li essa sua matéria, não farei mais isso, tentarei soltar ela na mata novamente.
ResponderExcluirFui mordido esta com um dia mas ate agora so inchaço e dolorido .. naobtomei nada .. mas se persistir vou ao mesico
ResponderExcluirAmo a natureza. Está cobrinha linda é bem comum onde moro. Tentei manuseala contudo sempre tive dúvidas sobre a peçonha. Obrigada pelo artigo esclarecedor! Sucesso a vc
ResponderExcluirAchei uma hoje aqui no meu quintal enquanto varia o mesmo como temos crianças e animais fiquei bastante assustada, pois ela pulou no meu quintal e fugiu em direção a frente da casa.Fomos atrás dela pois ela subiu em uma árvore e enquanto tocávamosa árvore com o pau, ela pulou em cima de nós. Foi horrível e engraçado pois eu corri para um lado a minha vizinha para o outro e a cobra para o outro . E ela sumiu. Extremamente rápida... Moro aqui há uns dez anos e nunca tinha visto isso...
ResponderExcluirTodas cobras deste Gênero tem peçonha....possuem dentição Opistóglifa...mas geralmente os acidentes são menos graves....
ResponderExcluirEu fui picado por uma no meu dedo indicador direito, inchou,ficou vermelho, e depois se alastrou a mancha ficando mais escura depois.
ResponderExcluirhttps://youtu.be/EhGrD_Yk45k
ResponderExcluirAmigo nesse vídeo achei uma na oficina...
Vou por o link dessa página na descrição do meu vídeo.
ResponderExcluirHá!
Estou precisando de inscritos tbm, ajudem ai pessoal!!!
Desde já agradeço muito!!!