quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Atretochoana eiselti, a maior gimnofiona tetrápode e sem pulmões



Em 1º de agosto deste ano, foi publicada uma matéria na UOL Notícias com o seguinte título “Biólogos acham anfíbio raro em Rondônia”. Este anfíbio é a Atretochoana eiselti. Foram encontrados ao todo seis exemplares, o encontro ocorreu próximo a obras de uma hidrelétrica no Rio Madeira, em Porto Velho, capital de Rondônia.  





Fonte das imagens: As imagens foram tiradas por Juliano Tupan e extraídas do site www.noticias.uol.com.br/ciencia 



A espécie Atretochoana eiselti, foi possivelmente coletada pela primeira vez pelo naturalista austríaco Johann Natterer, em uma expedição pelo Brasil no início do século 19 e o holótipo encontra-se depositado em um museu de Viena, não possuindo maiores detalhes da coleta a não ser que foi coletado da América do Sul. Em 1998, outro exemplar foi depositado na coleção da Universidade de Brasília (UNB), porém segundo todas as fontes por mim consultadas dizem que este exemplar também não possui maiores informações sobre a localidade de coleta. Esta espécie possui adaptações morfológicas e fisiológicas que a adaptam para hábitos aquáticos, e não possui pulmões. Devido à ausência de pulmões os cientistas pressupõem que esta espécie viveria em ambientes aquáticos com maior oxigenação, como as corredeiras do Brasil central, para facilitar a respiração cultânea.
Atretochoana eiselti, é considerada a maior gimnofiona do planeta, o maior tetrápode sem pulmões. O holótipo mede 72,5 centímetros, o exemplar da Universidade de Brasília mede 80,5 centímetros. O segundo maior tetrápode sem pulmões é a Caecilita iwokramae que mede 11, 2 centímetros.
Estes novos exemplares encontrados em Rondônia trarão importantes informações sobre a distribuição geográfica desta espécie. Um artigo foi escrito pelos pesquisadores Marinus Steven Hoogmoed e Adriano Oliveira Maciel, do Museu Paraense Emilio Goeldi, e pelo biólogo Juliano Tupan. O artigo foi publicado em um boletin do museu Paraense.
Segundo consta na mesma matéria publicada pela UOL em agosto deste ano, recentemente alguns pescadores encontram outro exemplar na praia de Marahú, na Ilha do Mosqueiro, em Belém, no Estado do Pará.
Este anfíbio é considerado uma raridade. Foram encontrados seis espécimes no Rio Madeira, três foram devolvidos ao rio, um morreu e outros dois foram coletados para estudos. 


Fontes:

Disponível em:



NOTÍCIA: Cobras fêmeas que se reproduzem sem o macho são descobertas nos EUA

 

 Publicado por: Uol Notícias (Ciência) em 12/09/2012 às 12h39

Cobras fêmeas que se reproduzem sem o macho são descobertas nos EUA

       Uma espécie de parto virgem foi encontrado em vertebrados selvagens pela primeira vez

 


Uma espécie de parto virgem foi encontrado em vertebrados selvagens pela primeira vez, por pesquisadores americanos da Universidade de Tulsa, no Estado de Oklahoma.

Os cientistas encontraram fêmeas grávidas de víboras norte-americanas e analisaram geneticamente os filhotes, o que comprovou que elas são capazes de se reproduzirem sem o macho.

O fenômeno se chama partenogênese facultativa e só foi registrado antes em espécies criadas em cativeiro.

Os cientistas dizem que a descoberta pode mudar a compreensão atual sobre a reprodução animal e a evolução dos vertebrados.

Até hoje, pensava-se que era extremamente raro que uma espécie normalmente sexuada se reproduzisse assexuadamente.

Identificadas primeiro em galinhas domésticas, os "partos virgens" foram também registrados recentemente em algumas espécies de cobras, tubarões, lagartos e pássaros.

No entanto, tais nascimentos sempre aconteceram em cativeiro, com as fêmeas sendo mantidas longe dos machos.

Novidades evolutivas

Nascimentos virgens em vertebrados geralmente são vistos como "novidades evolutivas", segundo o professor Warren Booth, que conduziu o estudo questionando a ideia, divulgado na publicação científica Royal Society's Biological Letters.

Ele e seus colaboradores examinaram os nascimentos em populações de duas espécies de víboras norte-americanas já conhecidas e separadas geograficamente.

Em um dos grupos, uma em 22 cobras se reproduziu sem o macho. No outro, isso aconteceu com uma das 37 víboras.

"A frequência foi o que mais nos chocou. Isso quer dizer que entre 2,5 e 5% dos filhotes produzidos nestas populações podem resultar de partenogênese", afirmou Booth.

"Isso é bastante para algo que é considerado novidade na evolução."

Com ou sem sexo

Um parto virgem, ou partenogênese, acontece quando um óvulo cresce e se desenvolve sem ter sido fecundado pelo espermatozóide.

O fenômeno produz um filhote que tem somente o material genético da mãe e é relativamente comum em invertebrados como formigas, abelhas e pulgões.

A reprodução assexuada também acontece com algumas espécies de lagartos, mas ainda é rara em espécies vertebradas sexuadas.

Ainda não está claro se as víboras fêmeas escolheram ativamente se reproduzir desta forma ou se a partenogênese foi estimulada por outro fator, como um vírus ou uma infecção bacteriana.
No entanto, os pesquisadores dizem ser improvável que o mesmo aconteça também entre mamíferos placentários - cujos filhotes se desenvolvem em placentas dentro da mãe.

Isso porque os mamíferos dependem de um processo chamado carimbo genético para se reproduzirem, em que um conjunto de genes de um dos pais domina o outro.

A interação entre os dois materiais genéticos é essencial para que seus embriões se desenvolvam normalmente.

 

Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2012/09/12/cobras-femeas-que-se-reproduzem-sem-o-macho-sao-descobertas-nos-eua.htm

 

 

 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

NOTÍCIA: Cobra com chifres é descoberta na Tanzânia

Víbora ganhou o nome de Matilda.
Réptil preto e amarelo mede cerca de 60 cm.



Do G1, em São Paulo

A Associação Conservação da Vida Silvestre (WCS) divulgou na segunda-feira (9) imagens de uma cobra descoberta na Tanzânia. O réptil preto e amarelo mede cerca de 60 centímetros e chama atenção pelos chifres acima de seus olhos. A víbora ganhou o nome de Matilda.


Víbora chama atenção pelos chifres acima de seus olhos. (Foto: WCS/AFP)



Réptil preto e amarelo mede cerca de 60 cm. (Foto: WCS/AFP)


Fonte da Notícia:

 http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/01/cobra-com-chifres-e-descoberta-na-tanzania.html

A cobra cipó ou cobra-verde Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823).



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Dipsadidae
Género: Philodryas
Espécie: Olfersii

A cobra-verde (Philodryas olfersii) é uma espécie sul-amerciana de serpente da família Dipsadidae (antes colubrídae). Tais répteis medem cerca de 1 m de comprimento, possuindo o corpo verde, de ventre mais claro que o dorso. Esta serpente possui dentição opstóglifa (dentes inoculadores de veneno na região posterior dos maxilares superiores). Se anlimenta de anfíbios, répteis, aves e pequenos mamíferos. Põe de 4 a 10 ovos (Vanzoline et al, 1980). A época preferencial de reprodução vai de setembro a novembro. Essa espécia é subarborícola, mas quando no solo age com muita rapidez, nas arvores ela consegue atingir partes altas com muita facilidade, também nadam muito bem. Segundo Vanzoline, 1980, ocorre em todo Brasil.
Essas serpentes possuem uma toxina, não tao letal quanto a dos viperídeos, mas mesmo assim pode causar algum transtorno se ela inocular a toxina.


Nesta foto, a Philodryas olfersii conseguiu morder o meu dedo, em poucos segundos de descuido, porém aguardei as reações, a primeira reação foi um edema ( inchaço local), um pouco de dor, depois o inchaço continuou por uns 2 dias, e no local ficou com uma cor escura, mas nada grave. Segundo algumas literaturas, esses acidentes em crianças causam reações graves.  Quem não tem experiência e preparo não deve manipular esse animal. Este animal não ataca, pelo contrário, ele foge de meno assim que percebe a nossa presença, a maioria dos acidentes acontece quando eles estão sendo manuseado, como foi o meu caso.
Antigamente essas serpentes não eram consideradas perigosas, mas por volta do ano de 1999, o Ministério da Saúde colocou essa espécie como serpente de importância médica, devido a um óbito confirmado em 1992 de uma criança no Rio Grande Sul, devido a uma picada de P. Olferssi.
Destaco que, estas serpentes, tem grande importância como controladoras da população de roedores. E nenhum animal dever ser morto porque é peçonhento ou não, pois, esses são mecanismos de defesa, e todo animal tem importância no ecossistema e sua extinção pode causar grande desequilíbrio ambiental.
Os acidentes ofídicos constituem um dos maiores problemas de saúde pública na América Latina e as serpentes peçonhentas são consideradas os principais agentes etiológicos destes. Por isso temos grande necessidade de novos levantamentos faunísticos para averiguação de novas espécies e suas modificações evolutivas, assim podemos manter um controle maior sobre a relação delas com nós humanos.
Um resultado interessante foi que pesquisas recentes têm demonstrado que cerca de 20 a 40% dos acidentes ofídicos no Brasil são causados por serpentes colubrídeas. Pois na maioria das vezes as serpentes mais temidas são as viperídeas, mais um motivo para se tormar cuidado e ao mesmo tempo preservar essas espécies, pois, da mesma forma que surigiu fármacos importantes como o captopril do veneno da jararaca, podemos também encontras propriedades importantes nas toxinas destes Dipsadidae.

 

Fotos: Edson Júnior


Sobre as atividades biológicas dos venenos de Philodryas olfersii
Há relatos de diversos acidentes ocasionados por estas serpentes, a principal característica desses acidentes é ação local que leva a dor, edema e hemorragia. A uma semelhança desse acidente com um causado por serpentes do gênero Bothrops (Wagler, 1824) muitas vezes os pacientes são tratado com o soro antibotrópico.
Segundo um estudo realizado por Marisa M.T. da Rocha e Maria de F. D. Furtado, do Laboratório de Herpetologia do Instituto Butantan, o quadro de dor causado pelo envenenamento experimental, em camundongos, mostrou que os venenos de P. olfersii e P. patagoniensis causaram intensa reatividade e o veneno de P. patagoniensis foi mais ativo.
Os envenenamentos causados por espécies de Philodryas caracterizam-se por manifestações locais como dor, edema, eritema, equimose e linfodenopatia regional, com coagulação normal (RIBEIRO et al. 1999). Poucos estudos foram realizados nesta área.

Referências Bibliograficas:
ROCHA, Marisa M. T. da & FURTADO, Maria de F. D. 2007. Análise das atividades biológicas dos venenos de Philodryas olfersii (Lichtenstein) e P. patagoniensis (Girard) (Serpentes, Colubridae). Rev. Bras. Zool. vol.24 no.2 Curitiba June 2007.


Fotos: Edson Júnior


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Cobra Bicuda (Oxybelis fulgidus) - Características gerais



Fonte da Imagem: http://www.flickr.com/search/?q=Oxybelis+fulgidus#page=0



Classificação:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Colubridae
Gênero: Oxybelis
Espécie: Oxybelis fulgidus

Nome comum: Cobra Bicuda

Oxybelis é um gênero com distribuição desde a América Central até a porção norte da América do Sul.
Esta serpente exibe uma coloração verde, um corpo fino e cabeça afilada, que é a característica mais marcante desta espécie. Olhos grandes e pupilas redondas, coloração variando desde o verde até o marrom.
Alimenta-se de pequenos mamíferos, aves e lagartos que caça durante o dia.
O corpo desta serpente tem aproximadamente 2cm de espessura, e pode chegar a um comprimento de 1,5 a 2 metros. A cauda é longa e muito delicada, pois é usada para segurar e alcançar a sua presa.




Habitat: Arbórea por excelência. Habita cerrados, campos e florestas.
Ocorre no nordeste e centro-oeste.
Dentição: Opistoglifa
Comportamento: Foge quando há presença humana e escancara a boca para se defender
Forma de Reprodução: Ovípara
Quantidade: 8-10 ovos

Referências:
http://www.flickr.com/photos/brutamonte/4040672747/
http://www.biotabrasil.com.br/?p=613
http://www.biologados.com.br/especiais/instituto_butantan_turismo/cobra_bicuda_nome_cientifico_oxybelis_fulgidus_colubridae_fotos.htm

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

NOTÍCIA: Formigas usam traços de ancestrais para fazer ‘supersoldados’

Em situações de perigo, características genéticas silenciosas reaparecem.
Fenômeno é conhecido na biologia como 'atavismo'.

Tadeu Meniconi
Entre as formigas, o “supersoldado” é um tipo que tem a cabeça e o corpo maiores e bloqueia as entradas do formigueiro para proteger a colônia em situações de perigo. Em um estudo publicado na edição desta sexta-feira (6) da revista “Science”, ele é também um exemplo inédito para o estudo da evolução.


Supersoldados, à direita, em comparação aos soldados, à esquerda (Foto: Alex Wild/alexanderwild.com/Cortesia)


A pesquisa foi feita com formigas do gênero Pheidole, que tem cerca de 1,1 mil espécies. Em apenas oito delas surgem supersoldados nas condições naturais. Essas espécies vivem no sudoeste dos EUA e no norte do México.
A equipe de Ehab Abouheif, da Universidade McGill, em Montreal, Canadá, pegou uma espécie de Pheidole de outra região, que não tinha registro de supersoldados, e colocou em situações de perigo. Essa se tornou capaz de produzir supersoldados.
O teste foi repetido com outras espécies e obteve o mesmo resultado. “Se todas as espécies conseguem produzi-lo [o supersoldado], significa que havia um ancestral em comum”, concluiu Abouheif ao G1.
“Elas perderam a característica, mas o potencial continua lá”, acrescentou o pesquisador. “O ambiente e a seleção natural sabem reconhecer isso”.
Atavismo
O reaparecimento de uma característica que tinha ficado sem se manifestar durante várias gerações é conhecido na biologia como "atavismo". Segundo Abouheif, esse fenômeno sempre foi tratado como um furo na evolução, que não mereceria atenção especial. “Mostramos que não é o caso”, argumentou.
A transformação das larvas em trabalhadores ou soldados é controlada pelas formigas de forma a suprir as necessidades da colônia. Estudos anteriores já mostraram que, se houver apenas soldados, a geração seguinte produzirá só formigas trabalhadoras.
A definição de se uma larva será um trabalhador ou um soldado se deve a condições químicas, como a temperatura a que elas ficam expostas e hormônios envolvidos no processo. De forma geral, uma colônia de formigas Pheidole tem um soldado para cada 19 trabalhadores.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Notícia - Cientistas criam esperma em laboratório



Cientistas alemães e israelitas estão a fazer crescer esperma de rato em laboratório. Esta experiência pode, muito em breve, ser feita com esperma humano de forma a tratar problemas de infertilidade.


O desenvolvimento de esperma em laboratório, em curso desde o ano passado, pode ser, para muitos homens inférteis, uma esperança de conseguirem ter filhos sem recorrer a um doador anônimo.

O mecanismo de produção de espermatozóides a partir de células reprodutivas masculinas é um dos processos mais complexos do organixmo humano e que pode chegar a demorar um mês no interior dos testículos. Daí que, até agora, tenha sido tão difícil reproduzir este processo em laboratório.

Os cientistas tentaram recriar um ambiente semelhante ao das glândulas reprodutoras masculinas, utilizando células germinativas responsáveis pela produção de espermatozóides.

O professor Mahmoud Huleihel, da Universidade de Israel, diz que "depois desta experiência ter sido bem sucedida, é apenas uma questão de tempo até conseguirem fazer crescer esperma masculino humano em laboratório."

Fonte da Notícia: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=2218098